Sabão Ecologicamente Correto – Uma invenção que beneficia o Meio Ambiente

Feito a partir do óleo de cozinha reciclado, o sabão ecologicamente correto é desenvolvido pela mulheres da Casa da Mulher e contribui com o meio ambiente. Uma ação invadora que está conquistando espaço na cidade e região.

Um lugar humilde onde a simplicidade e criatividade reinam e onde cerca de 50 mulheres fazem a diferença, driblando as dificuldades e mudando os rumos de sua história. Assim define-se a Casa da Mulher, instituição séria e comprometida com as mulheres carentes de Gravatá. Localizada no Bairro Norte, a Casa da Mulher oferece às beneficiadas diversos trabalhos como a produção de artesanato, chocolates, crochê, licores e a mais nova criação do grupo, o sabão ecologicamente correto, feito a partir do óleo de cozinha reciclado, isso mesmo, aquele óleo utilizado para fritar alimentos e que polui o meio ambiente, pode ser reciclado e transformado em sabão de excelente qualidade. Segundo a coordenadora da Casa da Mulher, Bernadete Barbosa de Aguiar, a invenção do sabão ecológico surgiu através da Universidade Federal de Pernambuco. Tomando conhecimento da criação, dona Bernadete procurou saber quais ingredientes eram necessários para a produção do sabão e todo o processo necessário para fazer o produto. Aprendendo a fazer o sabão, chegou a hora de repassar o conhecimento as colegas e dar início a produção do sabão ecologicamente correto. Para o sabão são necessários os seguintes ingredientes: 4 potes de soda cáustica, 1 litro de água, 1 vidro pequeno de desinfetante, 5 litros de óleo reciclado e anilina, para essa quantidade são produzidos cinqüenta barras de sabão. Com a ajuda das companheiras Lúcia e Graça, dona Bernadete iniciou o processo de fabricação do sabão. O primeiro passo é dissolver a soda cáustica na água, em seguida colocar o desinfetante, o óleo e a anilina e misturar bem. Depois mexer a mistura por cerca de uma hora sem parar, essa ação faz com que todos os ingredientes se transformem em uma massa consistente que não é levada ao fogo. Quando enfim a mistura é transformada, a massa é colocada em um recipiente retangular e esperar secar totalmente para em seguida cortar em pedaços. Dona Bernadete falou sobre as dificuldades que o grupo enfrenta para produzir o sabão, “Nossa idéia é boa, no entanto, no falta equipamento adequado para fazer o sabão. Precisamos de um cilindro ou batedeira industrial que iria facilitar o trabalho, nos mexemos essa massa por uma hora ou mais e isso é muito cansativo, com o equipamento, o trabalho iria ser bem mais produtivo”, disse. O produto já está sendo comercializado na comunidade, onde é vendido por 0,50 centavos. A clientela aprovou o novo sabão, “Faz mais de um mês que estou usando esse tipo de sabão, é muito bom, não prejudica a pele e deixa as roupas bem branquinhas, isso é o principal. Tenho familiares em Recife e já levei esse sabão pra lá e todos adoraram”, disse dona Evaneide Valentim que mora ao lado da Casa da Mulher e utiliza o produto. Dona Bernadete afirmou também que conta com o apoio de restaurantes da cidade que doam o óleo para a associação, “Esse apoio é muito importante para nosso grupo, os restaurantes nos procuram e todas as semanas estão doando o óleo de seus estabelecimentos. E todos que queiram nos ajudar podem nos procurar que estamos sempre aqui desenvolvendo nossos trabalhos”, finalizou a coordenadora da Casa da Mulher, Bernadete Barbosa. Serviço: Para colaborar com o trabalho da Casa da Mulher, basta procurar dona Bernadete Barbosa de Aguiar, através do telefone: 9243 - 6154