O governo do Estado quer ouvir a opinião da população sobre o processo de implantação da Adutora do Agreste, que vai levar água para 61 municípios em cerca de 80 localidades do Agreste e Sertão, beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas. Para isto, a Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa, juntamente com a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) estão mobilizando as diversas camadas sociais (poder público e sociedade civil) a comparecerem a Audiência Pública sobre o tema, que ocorrerá na próxima terça-feira (16), a partir das 9 horas, no Sesc de Caruaru. O Governador Eduardo Campos confirmou a presença na abertura do evento. Cerca de 1.500 pessoas entre autoridades federais, estaduais e municipais, representantes de entidades educacionais, financeiras, fóruns e sindicatos populares e outros deverão participar do evento. convite.
“É muito importante a participação de um maior número de pessoas possíveis no debate de obras impactantes, a exemplo da adutora do agreste, para que sua implantação seja realmente uma vontade popular. A participação da sociedade é de suma importância”, acentua o secretário de Recursos Hídricos e Presidente da Compesa, João Bosco de Almeida. Na audiência pública, a população poderá conhecer e discutir aspectos do projeto e os principais impactos socioeconômicos e ambientais. As propostas serão avaliadas e incluídas no processo de elaboração do projeto.
Um dos itens mais relevantes a serem debatidos na audiência pública diz respeito aos impactos ambientais da obra. Segundo João Bosco, o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente - EIA-Rima já mostram que a obra vai impactar positivamente na região, garantindo o suprimento de água para muitos pernambucanos. Ele disse ainda que este projeto demonstra a atenção especial que o governador tem com o Agreste, que detem um dos menores índices de balanço hídrico do estado. Outro ponto importante é o número de empregos a ser gerados pelo empreendimento, com a expectativa que durante a execução das obras, sejam criados cerca de 5,4 mil vagas de emprego, três vezes mais que ocorreu com as obras do Sistema Produtor Pirapama, na Região Metropolitana do Recife, que totalizaram de 1,8 mil vagas.
OBRA - O empreendimento foi repassado pelo governo federal, através do Ministério da Integração Nacional, para o governo de Pernambuco, dentro das atividades da Transposição do Rio São Francisco, no final do ano passado. Os trabalhos serão executados através da Compesa. Já está em fase de processo licitatório a contratação da empresa que vai elaborar o projeto básico (diagnóstico e orçamento) das obras. O investimento no estudo é de R$ 16 milhões. O prazo da entregue do estudo é de 18 meses, mas os elementos para licitação devem ser entregues em 10 meses.
Com relação às obras, a previsão é de que sejam executadas em quatro anos, com as intervenções iniciadas em junho de 2011. Segundo o projeto, o Sistema Adutor do Agreste começará a funcionar a partir do reservatório de Ipojuca, no final do Ramal do Agreste, onde será construída uma Estação de Tratamento. “A ideia é que a obra tenha início em Arcoverde e a adutora principal siga paralela à BR 232 até Gravatá e a partir daí seguem os ramais. Os municípios beneficiados com a obra receberão a água tratada através de um sistema com mais de mil quilômetros de tubos de aço e ferro fundido, com até dois metros de diâmetro”, contou Almeida. Será construída uma adutora de 1.100 quilômetros. Em uma primeira etapa a adutora vai beneficiar os municípios de Pesqueira, Arcoverde, Sanharó, Poção, Angelim, Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Manari e Águas Belas. Os investimentos devem chegar a soma de R$ 1,5 bilhão.
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